Tem dias em que nos deprimimos, cientes da nossa voz em minoria, da nossa desarticulação enquanto grupo, da clareza dos nossos temores. Mas incrivelmente, com uma força que só a sensibilidade é capaz de oferecer, a tristeza se supera no pontinho de esperança que ganha um brilho incalculável na mente resolvida em ideologia e vira combustível para a luta. E não importa que nosso sangue tenha sido alimentado durante anos pela direita, quando ele amadureceu se fez livre e oxigenou nossos cérebros com compaixão, inteligência e coragem em praticar ambas. E a tendência, embora muitos terão o prazer de contestar, será o engrandecer, realizar e propagar desses valores.
Netos, filhos do discurso reacionário e fascista, em nossa adolescência encontramos portas abertas para o amor ao próximo e os alicerces para o conhecimento teórico que nos tornariam críticos da realidade e é isso que queremos que nossos filhos herdem. Mais do que olhos, cabelos e traços, mais do que habilidades e gosto para as artes, queremos que eles sejam sensíveis e críticos o que, sendo apenas o mais valioso, não há de constar em testamento.
E é por isso que consiguimos imaginar a dor daqueles que cederam genes para a nossa formação em constatar a desvinculação das nossas ideias das suas próprias, já que é um medo que nos assombra também. Mas podemos garantir que à grande parte disso lhes cabe a culpa, por nos terem tanto recheado o peito de amor que o único destino que nos coube foi o de expandí-lo para os outros seres humanos. Se somos quem somos, se nosso projeto de vida vai além de nós mesmos, também devemos isso a vocês, para seu desgosto e nosso orgulho.
Para além da divisão ideológica, seremos pra sempre sangue dos seus, amor que nasceu e floresceu a partir dos seus corações, mas terão de aceitar que enquanto houver direita, a esquerda integraremos, enquanto existir desigualdade e intolerância, haverá luta e enquanto esta existir, nela estaremos e morreremos.
Sangue do meu sangue, o sangue que hoje corre em minhas veias é uma variação do seu, mas as ideias que interligam minha mente e coração se desconectaram de você e encontraram paz na luta pelo próximo, sem levar contudo, o meu amor de menina.
O primeiro herói, a gente nunca esquece.
Netos, filhos do discurso reacionário e fascista, em nossa adolescência encontramos portas abertas para o amor ao próximo e os alicerces para o conhecimento teórico que nos tornariam críticos da realidade e é isso que queremos que nossos filhos herdem. Mais do que olhos, cabelos e traços, mais do que habilidades e gosto para as artes, queremos que eles sejam sensíveis e críticos o que, sendo apenas o mais valioso, não há de constar em testamento.
E é por isso que consiguimos imaginar a dor daqueles que cederam genes para a nossa formação em constatar a desvinculação das nossas ideias das suas próprias, já que é um medo que nos assombra também. Mas podemos garantir que à grande parte disso lhes cabe a culpa, por nos terem tanto recheado o peito de amor que o único destino que nos coube foi o de expandí-lo para os outros seres humanos. Se somos quem somos, se nosso projeto de vida vai além de nós mesmos, também devemos isso a vocês, para seu desgosto e nosso orgulho.
Para além da divisão ideológica, seremos pra sempre sangue dos seus, amor que nasceu e floresceu a partir dos seus corações, mas terão de aceitar que enquanto houver direita, a esquerda integraremos, enquanto existir desigualdade e intolerância, haverá luta e enquanto esta existir, nela estaremos e morreremos.
Sangue do meu sangue, o sangue que hoje corre em minhas veias é uma variação do seu, mas as ideias que interligam minha mente e coração se desconectaram de você e encontraram paz na luta pelo próximo, sem levar contudo, o meu amor de menina.
O primeiro herói, a gente nunca esquece.
Ela
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